Sambão do Povo será palco para shows de artistas locais após ensaios técnicos das escolas de samba

A Liesge está preparando mais uma novidade para os ensaios técnicos do Carnaval 2025. Desta vez, o público poderá curtir gratuitamente shows de grandes artistas do samba e pagode capixaba. Os grupos Leq Samba, Samba Crioulo e Primeira Classe estão confirmados e demais atrações serão divulgadas em breve. Segundo presidente Edson Neto a intenção é contribuir para o cultural da cidade, aproveitando estrutura e grande concentração de pessoas que já frequentam os ensaios das agremiações no Sambão do Povo. “As rodas de samba acontecerão após os ensaios técnicos. Temos previsão de início para as escolas às 20h, duas por noite, e em seguida, o pagode gratuito para os presentes. O que a Liesge puder fazer para agregar à cultura da nossa cidade nós faremos. Garanto que não vai interferir em nada na qualidade dos ensaios de cada escola”. Neto também aproveitou para antecipar com exclusividade aos leitores do Capixabices a data do primeiro ensaio técnico. “Nosso primeiro treino está marcado para 25 de janeiro. Serão duas escolas do especial e depois o pagode começa. Essa ação também beneficiará as escolas da noite. Todo lucro obtido com venda do bar será revertido para as agremiações daquele dia específico. Vamos incentivar o público a levar alimentos não-perecíveis que serão doados para a comunidade de Mário Cypreste, mas não será obrigatório”, finalizou. Artur Kadratz, cantor do Primeira Classe, comentou sobre a iniciativa da Liga. “Tocar para o público do carnaval é muito especial. O Sambão sempre está cheio e o Primeira Classe é um grupo formado por integrantes de escolas de samba, nós somos criados nisso. É muito importante para nós. Agradeço ao presidente da Liga pela iniciativa e pelo convite. O carnaval merece mais essa realização”, finalizou Artur.

Jorge Mayko é o convidado desta sexta-feira no ‘Diálogos Carnavalescos’

O carnavalesco Jorge Mayko, do Pega no Samba, é o convidado desta sexta-feira no ‘Diálogos Carnavalescos’. Nesta nova fase da parceria entre Àràbà e Capixabices, os convidados são os artistas que constroem os desfiles das escolas de samba dos Grupos de Acesso A e B do Carnaval Capixaba. De casa nova, Jorge Mayko vai compartilhar toda sua experiência artística criando desfiles e também coreografias de comissão de frente ao longo de sua carreira. A conversa inicia pontualmente às 19h, na rua Graciano Neves 123, Centro de Vitória, com a Casa Àràbà aberta para quem quiser assistir pessoalmente. Haverá também transmissão pelo instagram do Capixabices. Confira o último episódio com Marcelo Braga, da Rosas de Ouro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por CAPIXABICES (@capixabices_)

Eleições 2024: “Números econômicos do carnaval são importantes mas o que considero mais relevante é o impacto na autoestima do nosso povo”, afirma Pazolini

A série “Eleições 2024”, do Capixabices, será realizada com todos os candidatos à Prefeitura de Vitória. O candidato Du informou que não tinha agenda disponível para gravação. Capitão Assumção não respondeu as mensagens de convite. Neste episódio, o convidado foi Lorenzo Pazolini, do Republicanos, que tenta a reeleição. Assista completo:

Eleições 2024: Conheça o candidato a vereador Professor Jocelino Júnior

Na intenção de caminhar junto com os sambistas capixabas, o Capixabices apresentará aos leitores os candidatos a vereador e vereadora que são diretamente ligados ao universo do Carnaval. Afinal, não é segredo que temos diversos nomes que ajudam as escolas, Ligas, baterias, alas e etc, e que contribuem muito para construção da nossa festa. As 10 questões são iguais para os candidatos. Conheça o candidato a vereador Professor Jocelino Júnior, do Partido dos Trabalhadores (PT). 1 – Como você enxerga o momento atual dos desfiles das escolas de samba?Observo que nosso carnaval capixaba está cada vez mais ativo, organizado e mobilizando as comunidades. O fortalecimento das escolas de samba junto de suas comunidades gera uma participação maior e com destaque aos segmentos que envolvem diversos cidadãos amantes do carnaval. Acredito que nossas escolas de samba, são muito além do carnaval e do tempo de desfile. São possibilidades de geração de renda, espaço de confraternização e encontros, de valorização das histórias e memórias de um território. A chegada de novos parceiros e o interesse de tantos outros, assim como a divulgação do carnaval em âmbito nacional, enriquece e favorece nossa festa. A gestão da LIESGE, nos últimos anos tem dado um salto de organização, planejamento e operacionalização dos desfiles, esse apoio institucional da liga é fundamental para o momento que vivemos hoje. Enfim, antes de chegar no desfile tem muito trabalho, pisar no Sambão do Povo com a escola completa só faz a coroação de todo processo das escolas e das comunidades. 2 – Se eleito, como pretende contribuir para o crescimento dos desfiles?Caso se for eleito, vamos poder colaborar ainda mais com os desfiles das escolas de samba, se posicionando a favor das agremiações e dos sambistas, incentivando a Prefeitura a investir cada vez mais nas nossas escolas. Através do nosso mandato também podemos construir mais pontes com investidores e empresários, para que possam colaborar com todas as escolas. A articulação institucional também será nossa tarefa, colaborar para que o Governo do Estado e o Governo Federal apoiem ainda mais nossas escolas de samba e os desfiles. O diálogo entre as instituições, a busca de fomento de recursos e a valorização do trabalho social e comunitário das escolas de samba contarão com o meu total apoio. Como muitos sabem, mesmo antes de entrar no mundo da política, eu sempre fui sambista, desfilei em muitas escolas, tive passagens pela LIESES, LIESGE e também em atividades mais técnicas como comentarista dos desfiles pela TVE e colunistas em sites jornalísticos e de carnaval. De um tempo pra cá me dediquei mais à gestão, contribui com a maioria das escolas de samba, através de projetos e ações do Instituto Raízes, quando estava na presidência. Foram realizados eventos grandes como show de Jorge Aragão e Leci Brandão, entrega de instrumentos para 12 escolas de samba do nosso carnaval, num investimento de quase 500 mil reais. Realizamos seminários de formação para os sambistas, encontros de gestão e de trabalho para favorecer o crescimento das nossas escolas e a capacitação dos nossos sambistas, vários segmentos foram beneficiados. Minha paixão pelo carnaval e pelas escolas de samba me faz me sentir ainda mais responsável em contribuir com todas elas. 3 – Ainda existe uma disparidade visual entre as escolas de sexta, sábado e domingo. Caso eleita, o que será feito para elevar o nível dos desfiles do Acesso?A primeira coisa é organizar o trabalho de gestão de cada escola, fortalecer as diretorias e as atividades das escolas. Ser atrativo os ensaios, os encontros e os eventos, para também gerar expectativa no desfile. É simples resolver se a gente de fato querer melhorar esses desfiles. O que não podemos é apresentar uma plástica muito inferior, o recurso financeiro ajuda muito e pode sem dúvida facilitar, mas se a gente não tem as escolas participativas, as comunidades envolvidas e o trabalho de gestão e organização fluindo fica difícil. As vezes percebemos que o carnaval das escolas de samba, perde para outros movimentos culturais por não se reinventar. As escolas do grupo especial já demonstram capacidade visual, realizam um desfile competitivo, eventos shows com bom público, têm sido uma construção, isso sim, favorece o carnaval. Agora, a gente tem em outros grupos escolas que não fazem nenhum ensaio, nenhum evento pré-carnaval, isso não gera credibilidade, não atrai expectadores e nem investimento. Então, essas escolas precisam da nossa ajuda para se movimentarem e construírem suas ações junto das comunidades. Como eu disse, é simples, se a gente de fato querer melhorar. Estarei à disposição. 4 – A Cidade do Samba Capixaba já é uma realidade. Após a entrega da obra pronta, como fomentar ainda mais a cultura das escolas de samba no município?Eu torço muito para que esse projeto saia do papel e seja inaugurado o quanto antes. As escolas de samba já demonstraram a necessidade e o desejo de se ter uma cidade do samba, que pode ser a casa dos sambistas durante todo o ano com eventos culturais, sociais e a produção das alegorias. O espaço sem dúvida será referência. Podemos criar estratégias de cursos de qualificação na área do carnaval, e ampliar a oportunidade de trabalho nas escolas de samba. 5 – Qual sua escola do coração? E por que?Não é segredo para ninguém que sou Unidos da Piedade. Sou nascido e criado no Morro da Piedade, minha família sempre foi dali, então não tinha como fugir. Meu avô foi um dos fundadores, todo mundo na família desfilava na escola. Mas gosto, admiro, respeito e ajudo todas as escolas de samba. Sou mais do Carnaval do que de uma escola. Exerço a função de presidente por uma construção coletiva da região. Transformamos a Piedade em pouco mais de 01 ano de gestão, todos puderam acompanhar o crescimento, a organização e a forma que temos nos mostrado para o carnaval. Uma escola feliz, competitiva e que tem na comunidade sua raiz e força. 6 – Na sua visão, o que ainda precisa ser feito nos arredores do Sambão do Povo para

Eleições 2024: Conheça o candidato a vereador Jorginho

Na intenção de caminhar junto com os sambistas capixabas, o Capixabices apresentará aos leitores os candidatos a vereador e vereadora que são diretamente ligados ao universo do Carnaval. Afinal, não é segredo que temos diversos nomes que ajudam as escolas, Ligas, baterias, alas e etc, e que contribuem muito para construção da nossa festa. As 10 questões são iguais para os candidatos. Conheça o candidato a vereador Jorginho, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). 1 – Como você enxerga o momento atual dos desfiles das escolas de samba?O Carnaval Capixaba tá crescendo cada vez mais, mas ainda tem espaço para melhorar. As escolas estão dando um show de criatividade e garra, mas a estrutura precisa acompanhar esse ritmo pra brilhar de verdade. 2 – Se eleito, como pretende contribuir para o crescimento dos desfiles?Quero trabalhar para que as escolas tenham mais apoio e estrutura o ano todo, não só na época dos desfiles. Isso significa mais recursos, incentivos, espaços adequados para ensaiar e produzir tudo com a qualidade que nosso carnaval merece. 3 – Ainda existe uma disparidade visual entre as escolas de sexta, sábado e domingo. Caso eleito, o que será feito para elevar o nível dos desfiles do Acesso?A ideia é diminuir essa diferença trazendo mais investimentos, criando incentivos e buscando parcerias para que as escolas de Acesso tenham as mesmas oportunidades. Todo mundo merece brilhar com a mesma força, seja na sexta, sábado ou domingo. 4 – A Cidade do Samba Capixaba já é uma realidade. Após a entrega da obra pronta, como fomentar ainda mais a cultura das escolas de samba no município?A Cidade do Samba vai ser um ponto de encontro da nossa cultura. Depois de pronta, quero ajudar a movimentar o espaço o ano inteiro, com eventos, oficinas de capacitação e geração de renda, além de projetos que envolvam as comunidades e mantenham a chama do samba acesa. 5 – Qual sua escola do coração? E por quê?Olha, tenho um carinho enorme por todas as escolas, mas sempre tem aquela que faz o coração bater mais forte, não é? Não posso negar que sou apaixonado pela Novo Império. É aquela conexão de infância, de tradição familiar, que me pegou de jeito. Estou na escola há muitos anos e a azul, branco e rosa do Caratoíra tem o meu amor maior. 6 – Na sua visão, o que ainda precisa ser feito nos arredores do Sambão do Povo para o crescimento dos desfiles?Tem muito potencial ali! A própria Cidade do Samba será um ponto de crescimento, pois as escolas poderão trabalhar com mais segurança e também comodidade, por estarem praticamente dentro do complexo do Sambão. Facilitará a logística. Precisamos também investir na infraestrutura para quem quer chegar ao Sambão: acessibilidade para todos os públicos, calçamento adequado e obras de melhorias das arquibancadas e camarotes. Tudo isso para deixar a experiência do público e dos foliões ainda melhor. 7 – Como você enxerga as ações feitas pelas agremiações no decorrer do ano, que vão além dos desfiles de fevereiro?Essas ações são fundamentais! As escolas fazem um trabalho lindo social, cultural e de inclusão durante o ano todo. A economia criativa gera renda para muitas famílias o ano inteiro e isso também passa por essas ações das escolas de samba. O que falta é mais visibilidade e apoio para essas iniciativas, que fazem a diferença nas comunidades. 8 – Como podemos pensar a cidade nos dias de carnaval oficial?Queremos que Vitória tenha um carnaval para todas as idades. A ideia é garantir que todos os bairros possam curtir, descentralizando os eventos e espalhar a energia do carnaval. Isso faz a economia girar e traz recursos para o município, com o turismo e a arrecadação de impostos. 9 – Como aprimorar a distribuição de recursos de maneira que as escolas possam construir o Carnaval de março a fevereiro?Precisamos de uma política de financiamento contínuo, que não dependa só do período do Carnaval. Com parcerias público privadas e incentivos ao turismo, dá pra garantir que as escolas possam planejar o ano todo. A Cidade do Samba também pode contribuir para que as escolas tenham um espaço adequado para eventos, ajudando na captação de recursos. 10 – Como pensar em um processo de formação para trabalhadores do carnaval? (Aderecistas, ferreiros, costureiras e etc.)Essa galera é a alma do Carnaval! Uma única fantasia pode envolver o trabalho de até sete diferentes profissionais: costureira; serralheiro; chapeleiro; aderecista; sapateiro; decorador e um profissional de moldes plásticos. O carnaval, não apenas os desfiles, traz essa demanda e nada melhor que a criação de cursos e oficinas permanentes, em parceria com instituições, para capacitar e profissionalizar mais pessoas para atuarem no carnaval capixaba. Isso não só melhora os desfiles, como também gera mais empregos e oportunidades o ano inteiro.

Marcelo Braga é o convidado desta quarta-feira no ‘Diálogos Carnavalescos’

O carnavalesco da Rosas de Ouro, Marcelo Braga, é o convidado desta quarta-feira no ‘Diálogos Carnavalescos’. A parceria entre Casa Àràbà e Capixabices chega em uma nova fase, onde os artistas das escolas dos Grupos de Acesso A e B tem a oportunidade de contar para o mundo do samba sua trajetória e a construção do Carnaval 2025 em suas respectivas escolas. “Recebemos quatro grandes carnavalescos do Grupo Especial, Vitor Vasale, Petterson Alves, Vanderson Cesar e Osvaldo Garcia. Já estamos também em contato com Cahe Rodrigues, Orlando Junior e Rodrigo Meiners para ajustarmos as datas quando eles estiverem em Vitória. Vamos iniciar agora a escuta com os personagens do Acesso, que com certeza tem muito para falar sobre suas experiências”, explica o mediador Vinicius Vasconcelos. A conversa inicia pontualmente às 19h, na rua Graciano Neves 123, Centro de Vitória, com a Casa Àràbà aberta para quem quiser assistir pessoalmente. Haverá também transmissão pelo Instagram do Capixabices.

Eleições 2024: Conheça o candidato a vereador André Moreira

Na intenção de caminhar junto com os sambistas capixabas, o Capixabices apresentará aos leitores os candidatos a vereador e vereadora que são diretamente ligados ao universo do Carnaval. Afinal, não é segredo que temos diversos nomes que ajudam as escolas, Ligas, baterias, alas e etc, e que contribuem muito para construção da nossa festa. As 10 questões são iguais para os candidatos. Conheça o candidato a vereador André Moreira do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). 1 – Como você enxerga o momento atual dos desfiles das escolas de samba?É notável o avanço que o Carnaval experimentou em Vitória nos últimos 15 a 20 anos. Os desfiles estão em uma fase de expansão e valorização cultural, mas precisam dar um passo além. É preciso que as escolas caminhem na direção da autonomia, inclusive em relação à política. Carnaval é crítica e só se pode exercer a crítica, com liberdade, inclusive a financeira. Nesse sentido acredito que as escolas precisam ser apoiadas para que possam funcionar o ano todo, mas numa busca da sustentabilidade econômica. Tem que haver projeto e coordenação. Elas precisam ganhar condições para ser fonte de renda e oportunidade de trabalho para as comunidades onde estão inseridas. Na medida em que as escolas alcançarem esse patamar a distância entre a qualidade dos desfiles pode ser diminuída. É preciso lembrar que há necessidade de ações metropolitanas, porque nem todas as escolas que desfilam em Vitória, estão localizadas no município. É preciso articulação intermunicipal. É difícil acontecer isso em uma gestão municipal que não se articula, não conversa com o Estado, com o Governo Federal e nem com outros municípios. 2 – Se eleito, como pretende contribuir para o crescimento dos desfiles?A atuação do vereador é muito restrita nesse campo. O que pretendo fazer é manter a articulação com os movimentos sociais, escolas e blocos de carnaval incluídos para ajudar na organização desses grupos. Fizemos isso nos dois anos do nosso mandato e colhemos muito frutos. O carnaval de rua, por exemplo, só aconteceu porque trabalhamos em conjunto com o Blocão, comerciantes, moradores e outros apoiadores do Carnaval para defendê-lo de decretos absurdos baixados pela Prefeitura. É um trabalho que não pode e não vai parar. Outro ponto em que posso contribuir é na construção de políticas que permitam o financiamento às escolas de samba, para além dos recursos públicos. É preciso pensar num caminho que possa resultar na profissionalização do setor, com formações para quem trabalha diretamente no carnaval. 3 – Ainda existe uma disparidade visual entre as escolas de sexta, sábado edomingo. Caso eleito, o que será feito para elevar o nível dos desfiles doAcesso?A disparidade entre os grupos se deve, em parte, ao acesso desigual aos recursos. Quando se pensa o carnaval como um todo, dos blocos de rua às escolas em todos os grupos, é possível construir soluções que beneficiem a todos e diminuam essas diferenças paulatinamente. O mais importante é que as escolasrepresentem suas comunidades e que os moradores se vejam representados pelas agremiações. 4 – A Cidade do Samba Capixaba já é uma realidade. Após a entrega da obrapronta, como fomentar ainda mais a cultura das escolas de samba nomunicípio?A Cidade do Samba é um projeto cujas obras estão previstas para serem iniciadas em 2025, pós carnaval. Por enquanto é só um projeto 3 D. É preciso que ele se torne, de verdade, um centro de referência cultural e de formação para novas gerações de modo Defendo que ela, junto com o Sambão do Povo, possam sediar a realização de eventos ao longo do ano, sejam espaços para promover ensaios, oficinas de samba e ações comunitárias, conectando as comunidades com as escolas de samba. Vejo as próprias escolas de samba como espaços de cultura e educação “não escolar”. Elas são centros de encontro comunitário que precisam ser estimulados. 5 – Qual sua escola do coração? E por quê?Não tenho uma escola de coração específica. Defendo o fortalecimento de todas as agremiações, tanto do Grupo Especial quanto do Acesso, reconhecendo que todas têm um papel fundamental na preservação da nossa cultura. Temos uma proximidade maior com duas agremiações em virtude de projetos que elas desenvolvem. É a Pega no Samba e a Imperatriz do Forte. Ambas procuraram o mandato e apresentaram iniciativas que nós apoiamos porque tratam de valorização da juventude e profissionalização. E reafirmo: as escolas precisam se libertar do poder público, precisam alcançar autonomia em relação ao processo político e preservar a liberdade de crítica. 6 – Na sua visão, o que ainda precisa ser feito nos arredores do Sambão doPovo para o crescimento dos desfiles?Precisamos investir na infraestrutura dos arredores, garantindo melhorias na segurança, mobilidade e acesso ao público. O Sambão do Povo também deve ser pensado como um polo cultural e turístico, atraindo visitantes o ano todo. As escolas e o Sambão têm que estar, necessariamente, conectados com as comunidades. 7 – Como você enxerga as ações feitas pelas agremiações no decorrer do ano,que vão além dos desfiles de fevereiro?As escolas de samba e blocos desempenham um papel importante com projetos sociais e atividades culturais, mantendo a chama do carnaval acesa o ano todo. Essas ações precisam de apoio institucional para se consolidarem como ferramentas de inclusão social. Chamo atenção para o Projeto Pega do Amanhã, da escola Pega no Samba, que tem feito a diferença naquela comunidade. 8 – Como podemos pensar a cidade nos dias de carnaval oficial?Devemos pensar o carnaval como um evento que envolve toda a cidade, desde o apoio aos blocos de rua até os desfiles das escolas de samba. As ruas devem ser transformadas em espaços de convivência, respeitando a diversidade e celebrando a cultura popular. Nos últimos anos não é isso o que tem acontecido. Foram várias as tentativas de se impor toque de recolher, via decretos ou por meio de violenta ação policial. Não acho que essa seja a visão e a ação mais adequada para que a cidade se beneficie da folia. Carnaval é cultura, mas também cumpre importante função econômica. 9 – Como

Casa Àràbà e Capixabices promovem “Diálogos Carnavalescos”, no Centro de Vitória, a partir desta quarta-feira

A partir desta quarta-feira, às 19h, o sambista capixaba poderá unir carnaval, cerveja gelada, petisco e bate-papo num só local. Pensando em promover cada vez mais o debate sobre os desfiles das escolas de samba, a Casa Àràbà convidou o Capixabices para o projeto “Diálogos Carnavalescos”. Toda quarta-feira, um artista do carnaval será convidado para o bate-papo, conduzido por Vinicius Vasconcelos, e também transmitido através do instagram do Capixabices (https://www.instagram.com/capixabices_). O primeiro convidado é Vitor Vasale, da Unidos da Piedade. Um dos proprietários da Casa Àràbà, Carlos Fabian, explicou como será o projeto. “A Casa Àràbà entende como fundamental, neste momento da metade da producao do desfile, com enredo já pensado, quase todos sambas escolhidos, que o carnavalesco está em outro ‘tempo’ do carnaval. Provavelmente de finalização dos desenhos, protótipos entrando em execução. Entendemos que fazer isso na Àràbà, no centro da cidade, é popularizar o processo de produção, dar visibilidade, mostrar que não tem um final lá em fevereiro, e sim que todo processo é mutavel desde sua construção. Convidamos o Capixabices, que tem estudado todos os processos desde concepção dos enredos para esta condução. Queremos celebrar os companheiros e companheiras, artistas da nossa festa, que sofrem tanto com as dificuldades de diretorias, estruturas, que muitas vezes tem sua ideia alterada até a avenida”. Vinicius Vasconcelos, editor-chefe do Capixabices, lembra que é preciso debater carnaval o ano inteiro para que a cultura carnavalesca seja cada vez mais inserida dentro de públicos que as escolas ainda não chegaram. “O nosso carnaval cresceu muito nos últimos 3 anos. Mas é preciso mais. Falar de carnaval nos bares, salas de aula, universidades, programas de rádio, TVs, é fundamental para que a gente chegue onde ainda não estamos. A ideia é que seja um papo descontraído, com participação dos presentes na Casa e também pelo instagram. Queremos que seja uma construção coletiva. Uma conversa sobre os perrengues, alegrias, ilusões e etc”. A Casa Àràbà fica na Rua Graciano Neves, 123, Centro de Vitória.