Imperatriz do Forte inaugura Espaço Cultural Robson Henrique com presença maciça da comunidade

Foram necessários cerca de 18.982 dias desde a data de fundação da Imperatriz do Forte – lá em 15 de dezembro de 1972 – para que o componente amante da verde e rosa do Forte São João pudesse gritar, enfim, que tem o seu sonhado espaço. E não é um simples lugar. Batizado de ‘Espaço Cultural Robson Henrique’, o local servirá para agregar projetos sociais, aulas de percussão e passistas, rota cultural do município e, claro, ensaios da Imperatriz rumo 2025.

A noite da última sexta-feira (04) começou com roda de samba de Axel Fernandez e participação de Henrique Leq Samba. Em seguida, as baianas abriram os trabalhos abençoando o novo lar da Imperatriz. O emocionado presidente Daniel Modesto foi o primeiro a discursar.

“Quando assumimos batalhamos muito no acesso, vencemos e hoje estamos no Grupo Especial. Mas não parou por aí. Em reuniões semanais da nossa diretoria sempre falamos que podíamos chegar mais. Resolvemos buscar e conquistar este espaço para realizar projetos sociais e dar dignidade a nossa escola e toda comunidade. Estamos vivendo um momento muito especial na nossa história”.

Elídio Netto, diretor de carnaval da agremiação, foi o responsável por falar a respeito da homenagem a Robson Henrique, que dá nome ao espaço cultural.

“Robinho foi um grande baluarte na história desta escola e aprendi a fazer carnaval com ele. Em 52 anos de histórias da verde e rosa, Robinho foi de uma importância muito grande. Durante toda a vida ele divulgou, preservou e fez o máximo para difundir a história desta escola. Homenageá-lo é muito importante. Sinto a presença dele aqui. Acho que o que ele mais queria na vida era construir o espaço onde a escola pudesse distribuir todas pronúncias corporais do samba que conduziu a vida dele desde adolescência. Ter a família dele aqui é de uma emoção grande. Acredito que este espaço vai permanecer vivo porque ele está situado numa comunidade construída por povos originários e povos afrodescendentes. Nossa escola está enraizada aqui, este é nosso quilombo”.

Após homenagens, a verde e rosa fez sua apresentação iniciada pela velha-guarda, seguida dos destaques, musas/musos e rainha Izabella Azevedo. Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete, casal de mestre-sala e porta-bandeira, bailou ao som do samba 2025 com o intérprete oficial da escola, Dodô Ananias e bateria ‘Berço do Samba’ dos mestres Vitor Rocha e Amon Lucas.

Vídeo: Samba 2024 na Inauguração do Espaço Cultural

Vídeo: Samba 2025 na Inauguração do Espaço Cultural

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