A Unidos da Piedade realizou na última terça-feira (22) sua semifinal de samba-enredo. De 18 obras inscritas, 6 se classificaram para apresentação na quadra e 3 estão na final que vai acontecer no domingo (27).
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Saiba como foram as apresentações:
Roberth Melodia e cia.
Primeiro samba a subir no palco foi o de Igor Cabral, Roberth Melodia, Baby do Cavaco, R. Lira, Alex do Cavaco, Fernando Brito, Vlad AKS, Vinicius Moro e Sylvio Poesia. O intérprete principal foi Vlad Aks. Os poetas optaram por um samba com características bem específicas. No refrão do meio, com seis versos, quatro deles se repetem e dois não. Apresentação foi correta, sem grandes destaques. Samba eliminado.
Thiago Tarlher e cia.
Segundo samba da noite foi o dos compositores Thiago Tarlher, Come Araújo, João Vidal, Giuliano Paim, Henrique Harmonia, Marcel da Cohab, Ewerton Skolzin, Alisson Oliveira, Claudio Vagareza, Thiago Martins, Rogério Máximo, Mauro Naval. É a obra com mais ousadia na disputa. Os poetas optaram por fazer no samba um acróstico. Onde todas as primeiras letras de cada verso formam um nome e/ou uma frase. Neste caso as letras iniciais das linhas resultam em “Papo Furado, Samba, Piedade e Mestre”. A obra conduzida por Danilo Cezar tem destaque no trecho final do refrão principal: “Rufa o tambor pra matar a saudade / eternamente Piedade”. Samba classificado para final.
Celinho da Cuíca e cia.
Defendido por Vinicius Moraes e escrito pelos compositores Celinho da Cuíca, Diego Lima, Matheus Rosenthal, Hugo Paraizo, Sávio Faustino, Bruno Do Vale, Vitor Ramos, Marcos Belshoff, o terceiro samba a se apresentar foi o que teve melhor desempenho na semifinal. O trecho que antecede o refrão do meio, apesar de não repetir, joga o samba ainda mais pra cima com “Na correnteza, um barquinho de papel / congo na terra, Benedito lá no céu / a história do cantor de encantar / Pingo d’água já voltou pra relembrar”. O ápice da letra é o trecho “O anjo que o sistema rejeitou / meu morro abraçou e transformou em rei”, antes do refrão principal. Samba classificado para final.
Mestre Tereu e cia.
Quarto samba a se apresentar, interpretado por Kaike Sant’ana, dos compositores Mestre Tereu, Lucas Donato, Yuri Miguel, Dodô Ananias, Ângelo Garcia, Carlinhos Professor, Fabrício Amaral, Julian Silva, Bruno Dias, Vitor Carvalho e Tubino, é a obra com a letra mais valente. O refrão principal sobressai os demais com “Hoje o couro vai comer”, trecho que repete, e finaliza com “O quilombo faz a festa hoje é dia de graça”. Apesar de letra ser pra cima quase que o tempo inteiro, alguns trechos que prolongam a frase e/ou tem um ‘intervalo’ que precisará ser ajustado, caso campeão. Por exemplo, nas duas últimas linhas antes do refrão principal: “A nossa velha guarda/você tem que respeitar”. Samba eliminado.
Lourival das Neves e cia.
A parceria manteve quase todos nomes que foram campeões na disputa da Mais Querida em 2025. Neste ano, assinam Lourival das neves, Sergio Índio, Gibson Muniz, Marcelo Rosário, Jefinho Rodrigues, Diego Nicolau e Gilson Bernini. O experiente Lauro conduziu o microfone principal na apresentação. A letra do samba possui bons momentos. O refrão do meio traz oito versos, com apenas uma linha que se repete “Foi agora que eu cheguei doná”. No refrão principal, o samba se consagra. É o trecho com ‘mais cara de Piedade’ dentre as obras: “Bate forte no couro, deixa o pelo arrupiar / hoje tem festa o morro vai coroar / o baluarte da comunidade / viva o rei do quilombo Piedade”. Samba classificado para final.
Jhon Conceito e cia.
Último samba da noite foi defendido pelos próprios compositores Jhon Conceito e Átila Ibilê. A letra possui características de sambas. Ponto mais alto do samba foi o trecho é o trecho “Pra enfeitar meu pavilhão / com 14 estrelas de glória / no carnaval fez história / é o maior campeão”. Samba eliminado.