Mocidade Unida dá glória! Parceria de Diego Nicolau vence disputa de samba na MUG

Diego Nicolau e cia. vencem disputa de samba-enredo na Mocidade Unida da Glõria.

Três semanas foram suficientes para Diego Nicolau e seus parceiros darem o tom mais uma vez no Carnaval de Vitória. A final de samba-enredo da Mocidade Unida da Glória (MUG), que aconteceu neste domingo (6) consagrou Diego Nicolau, Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Charles Silva, Gigi da Estiva, JB Oliveira, Silvio Mesquita e Sandro Compositor. Rosto conhecido na vermelho e branco, Nicolau crava o décimo quinto hino na discografia muguiana.

Numa disputa curta, com apenas três apresentações, a parceria foi bem desde a primeira vez que subiu no palco. Primeiro, com Rafael Tinguinha na voz oficial. Na semi, Charles Silva, intérprete e compositor, assumiu o microfone. E na final, Diego também foi voz principal ao lado de Charles.

Para alguns, ainda havia certa dúvida sobre a capacidade do samba de embalar o desfile de 26. Porém, caiu por terra após a avassaladora apresentação. O time de cantores só faltou fazer chover dentro da quadra e foram, sem dúvidas, a melhor obra da noite e da disputa.

O samba mais dolente, característico das obras de Diego Nicolau, possui nuances que chamam bastante atenção. Refrão do meio forte e não cai quando passa para a segunda estrofe. Mas, é a partir dos versos mais próximos do refrão principal que a obra se consagra. De “Canta, meu Leão, mostra que a luta nunca foi em vão”, até a última linha, os trechos funcionam tanto como exaltação à Teresa, quanto ao próprio pavilhão muguiano. Do jeito que o torcedor gosta e canta efusivamente.

Se Teresa ainda não teve o reconhecimento por sua trajetória no Espírito Santo, em 2026, a Mocidade Unida dá glória, a essa história de amor a natureza, da brava mulher.

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Hudson Maia e Letícia Malaquias, casal de mestre-sala e porta-bandeira da MUG.
Foto: Vinicius Vasconcelos/Capixabices

Demais apresentações:

Tavinho Cidade e cia. trouxeram, mais uma vez, o intérprete Bico Doce (RJ) para defender a obra. A apresentação foi correta. Torcida inflamada, palco “pesado” e um samba com um refrão do meio chiclete. Porém, o refrão principal não causava o mesmo clamor. A parceria pode se orgulhar do feito. Participaram pela primeira vez da disputa muguiana e chegaram até a final.

Mikaiá e cia., atuais bicampeões do concurso, trouxeram um samba com refrão de palavras trocadas, assim como em 2025 e 2024. Com ousadia e interpretação da sinopse para além daquilo dito pelo carnavalesco e enredista de maneira literal. Fernando Brito e o carro de som conduziram a obra de maneira elegante, sem erros. Apesar da torcida, o samba não caiu na graça do torcedor muguiano, como foi na final para 2025, por exemplo.

Análise completa:

Carnaval Capixaba