No último dia 23 de julho o sambista capixaba foi presentado com a notícia de que – finalmente – a Cidade do Samba Capixaba vai sair do papel. A obra entra em estágio de licitações ainda em 2024 e as construções devem iniciar após os desfiles de 2025.
Apesar da inauguração ainda estar longe, a equipe do Capixabices apurou o nome que deve batizar o espaço. Em contato com presidente Edson Neto, a informação foi confirmada e o dirigente afirmou que depende das aprovações dos presidentes das escolas.
“A informação é verdadeira. Estou presidente da Liga mas acima de tudo sou sambista e tento valorizar aqueles que contribuiram tanto para o nosso carnaval. Foi assim nos dois recuos de bateria do Sambão do Povo, onde homenageamos Polha e mestre Ditão. Nada mais justo que batizarmos a Cidade do Samba com o nome de Sinvaldo Siri. O presidente que, junto do poder público, fez com que o Sambão fosse construído em 112 dias. Vou levar a proposta para plenária e agora depende da aprovação dos presidentes”, informou Neto.

Saiba quem foi Sinvaldo Siri
Em fevereiro de 1987 o palco dos desfiles do Carnaval Capixaba teve sua estreia para o desfile daquele ano. Em impressionantes 112 dias a obra foi concluída. Dois nomes foram responsáveis para que a obra saísse do papel. Hermes Laranja, prefeito de Vitória na época, e Sinvaldo Siri, ex-secretário de Turismo da cidade e também presidente da antiga Liga das escolas de samba.
Francisco Velasco, cronista de carnaval e amigo de Sinvaldo Siri, falou sobre a história da construção e o legado do homenageado.
“Falo de Sinvaldo com saudades do meu grande amigo. Não conheci ninguém tão apaixonado pelas escolas e pelo carnaval como ele era. Na construção do Sambão ele foi o grande responsável ao lado do Hermes Laranja. Ele foi um leão na luta para fazer aquilo em 112 dias. Era inimaginável. Tanto que no dia do desfile de 1987 todo mundo ainda sentia o cheiro de tinta fresca. Ele deixou dois legados: a construção do nosso palco que recebe os desfiles e, no plano pessoal, Andressa Leal, nossa eterna porta-bandeira. Que desfilou pela Jucutuquara, no ano da inauguração, com apenas 11 anos. Sinvaldo Siri é um nome que não pode ser esquecido nunca pelo sambista capixaba”.
